quinta-feira, 29 de setembro de 2011

PAPAGAIO VERDADEIRO (Amazona aestiva)


Características: é considerada a ave mais inteligente que existe, podendo até imitar a voz humana. São animais de vida longa, podem chegar facilmente até os 80 anos, apesar dos animais que são retirados da natureza viver no máximo 15 anos devido a alimentação errada. Somente é possível dizer que é macho ou fêmea com exames especiais. Mede cerca de 85 cm e pesa em torno de 400 g. Sua plumagem é predominantemente verde, apresentando a fronte azul com amarelo na cabeça envolvendo os olhos.
Habitat: vive em áreas de mata seca e úmida, também em campos, cerrados, palmeirais e beiras de rio.
Ocorrência: desde a região nordeste passando pelo Brasil central até o sul do país, estendendo-se para a Argentina, Paraguai e Bolívia.
Hábitos: fora do período reprodutivo são avistados em grandes bandos.
Alimentação: frugívoro, granívoro e larvas de insetos que encontra nas árvores frutíferas da região.

 Reprodução: sua reprodução ocorre em períodos variados dependendo da localidade. Após 5 anos de vida os papagaios procuram formar um casal, que se torna fiel por toda a vida. Este casal procura um oco de árvore e palmeiras ou ainda cupinzeiros de grande porte, onde preparam o ninho com madeira roída pelo forte bico, na época reprodutiva a fêmea coloca 3 a 4 ovos que são chocados durante 28 dias por ambos os pais, que também se revezam no cuidado com os filhotes que dura até a postura do próximo ano.
Ameaças: é o papagaio mais procurado como animal de estimação por ser considerado um excelente "falador". Em algumas regiões de sua ocorrência as populações estão sofrendo declínio acentuado.

CURICACA (Theristicus caudatus)



Características: mede aproximadamente 69 cm de comprimento e 43 cm de altura. É uma espécie grande de coloração clara e asas largas. Bico longo, curvo, preto na base e verde na ponta. Pernas altas.
Habitat: campos secos, pastos (inclusive campos de aviação).
Ocorrência: da Colômbia à Terra do Fogo; também nos Andes; grande parte do Brasil.
Hábitos: procura lugares em que ocorreram queimadas em busca de alimento. Tem hábitos diurno e crepuscular. Plana a grandes alturas, voa com o pescoço levemente curvado para baixo. Emitem fortes gritos, curtos, do timbre igual a uma galinha-d'angola. O casal e o bando que se reúnem para pernoitar gritam juntos.
Alimentação: alimenta-se de gafanhotos, aranhas, centopéias, lagartixas, cobras, ratos etc. Come às vezes sapos.
Reprodução: os indivíduos associam-se em colônias. Nidificam sobre rochas ou árvores existentes nos campos. Os ovos são brancos ou pardacentos salpicados. Põem cerca de 5 ovos. A incubação é de 20 a 25 dias. O casal reveza-se para cuidar dos filhotes, que são alimentados por regurgitação.

CARCARÁ (Polyborus plancus)


Características: é um falcão de pernas e pescoço compridos. De cor parda, ele apresenta manchas brancas na garg

Habitat: regiões abertas, próximas de residências, estradas e áreas cultivadas, principalmente em terrenos arados recentemente.
Ocorrência: desde o extremo sul dos Estados Unidos, México até a América do Sul.
Hábitos: ele tem pernas fortes e passa a maior parte do tempo no solo. Freqüentemente é visto pousando no meio das estradas e nas cercas.
Alimentação: a invenção do automóvel trouxe grande benefício para o carcará. Este grande pássaro consegue bom suprimento
anta, peito e cauda, e possui uma crista negra no alto da cabeça. Mede de 50 a 60 cm de comprimento, possuindo manchas mais claras nas pontas das asas.

de alimento dos restos de animais atropelados nas rodovias. O carcará é um limpa-estradas. Come tudo o que acha, desde as carcaças de cadáveres comidos pelos corvos, até insetos e lesmas. Seu sistema digestivo é poderoso e o que não consegue digerir é regurgitado sob a forma de pelotas.

SERIEMA (Cariama cristata)


Características: são aves de médio porte, pernaltas de aparência arcaica, com corpo esguio, pescoço longo, um bico muito forte e afiado, asas arredondadas. Mede aproximadamente 90 cm e pesa mais de 1,4 kg. Plumagem cinzenta com ligeira tonalidade parda ou amarelada. Base do bico, o qual é forte e vermelho como as pernas, cresce um feixe de penas eriçadas para adiante, tem o olhar ameaçador.
Habitat:
cerrados, campos sujos e eventualmente em pastagens, sempre ambientes abertos ou semi-abertos secos.
Ocorrência: centro e sul da América do Sul, da Argentina, Uruguai, Paraguai e Bolívia ao Brasil central e oriental até o oeste do Mato Grosso, sul do Pará e no Maranhão.
Hábitos: ave terrícola. Prefere correr a voar, na verdade ela não voa, no máximo consegue dar uns planeios curtos. O vôo é muito curto e muito baixo.
Alimentação: onívora. Cobras pequenas e de tamanho médio, inclusive venenosas, são algumas de suas presas e também rãs, aves e seus ovos, lagartos e alguns pequenos mamíferos. Gafanhotos e outros artrópodes, roedores, calangos, lagartixas e outros animais pequenos. Começa sempre a comer a vítima pela cabeça. Não gosta de bicho morto.
Reprodução: seus ninhos,  são construídos em árvores relativamente baixas (uns 4 metros de altura). A construção rudimentar é pouco mais que um monte de gravetos amontoados em grande volume de gravetos fortemente compactados. Os ovos, que quase sempre em número de 2, passam da cor rósea a um esbranquiçado, manchados com linhas e pintas marrons. Os filhotes quando nascem são cobertos por uma penugem escura e permanecem no ninho até crescerem um pouco, quando então descem ao solo. O casal reveza-se no choco, que dura de 26 a 29 dias. O filhote é coberto por longa penugem parda pálida com manchas pardas. Abandona o ninho com 12 dias de idade.
Predadores naturais: onça, jaguatirica ou de uma suçuarana



EMA (Rhea americana)

Características: ave pernalta de grande porte. É uma ave corredora que, pela incapacidade de voar, lembra o avestruz da savana africana. Mas se as asas não lhe servem para voar, desempenham papel importante na corrida, pois funcionam como uma espécie de leme, ajudando a ave a equilibrar-se e a mudar de direção. Plumagem macia e cinza; sem cauda. Os machos possuem o pescoço negro, quando adultos. São dotadas de boa visão. São aves rústicas que sobrevivem à seca; por outro lado, não suportam grandes períodos de chuvas pois suas penas não são impermeáveis e o excesso de umidade pode ser fatal para os filhotes. Alcançam 2 m de altura, peso de 36 Kg e envergadura de 1,50 m.

Habitat: planícies, regiões de
campo, desde que haja água.
Ocorrência: América do Sul, do Brasil à Argentina



Hábitos: quando está muito calor, a ema dorme durante o dia, só saindo à tardinha em busca de alimento. Vivem em bandos e procuram companhia de ovelhas, vacas e veados campeiros. Bebe pouca água.
Alimentação: insetos, roedores, répteis, capim e sementes. Além disso, a ema come muitas pedrinhas, que servem para facilitar a trituração dos alimentos.
Reprodução: na época de reprodução, com a elevação da taxa de hormônios, os machos se separam dos grandes bandos e sofrem transformações morfológicas e comportamentais. Nesta fase, ocorre a formação dos haréns que podem ser compostos por até 9 fêmeas. Na disputa entre os machos destacam-se as vocalizações, os saltos, as exibições das asas e do pescoço, ataques e expulsões. O macho reúne 5 ou 6 fêmeas, escolhe um território e faz o ninho. Muitas vezes o território do harém é diferente do território do ninho, os quais são defendidos pelo macho. É ele quem prepara o único ninho onde todas as suas fêmeas botam os ovos. As fêmeas colocam os ovos em qualquer lugar. Quando está cheio de ovos (cerca de 12), afasta as fêmeas e começa a chocá-los. Os ovos são brancos e pesam 600 gramas.Após a postura, enquanto o macho fica chocando os ovos, as fêmeas deslocam-se para se agruparem e passarem por mais uma fase de formação de harém, com outro macho e botarem noutro ninho. As fêmeas se acasalam com três machos diferentes e colocam em cada ninho de 4 a 5 ovos. Os filhotes nascem após 6 semanas e são cuidados pelo pai. Alguns ovos ficam gorados e exalam forte cheiro quando rompida a sua casca. O odor atrai grande quantidade de insetos que formam a primeira fonte de nutrientes para os filhotes. Estes já nascem com a agilidade necessária para ficar distante da mãe, pouco carinhosa e que pode matá-los. Com duas semanas de idade, as eminhas alcançam meio metro de altura, sem contar o pescoço. Em dois anos estão adultos.
Ameaças: está na lista dos animais que estão em perigo de extinção. Os principais fatores que levaram à diminuição das populações das emas foram a destruição do habitat natural; a caça para alimentação e para a proteção das plantações, e os atropelamentos.

JAÇANÃ (Jacana jaçana)


Características: ave aquática esbelta de corpo muito leve, pernas muito altas, dedos excessivamente longos e delicados, unhas afiladas como agulhas. De plumagem marrom com pescoço e cabeça pretos. Mede em torno de 23 cm de comprimento. Para não afundar desenvolveu dedos enormes, que distribuem seu peso sobre as folhas. Seus dedos são longos, com unhas de até 4 cm de comprimento, permitem que virtualmente caminhe na superfície da água, sustentada apenas por folhas capins flutuantes, que afundariam com peso mais concentrado de outras aves. Sexos de cores bem semelhantes, porém fêmea de porte bem maior (159 g contra 69 g do macho).
Habitat: lagoas, banhados, brejos lodosos e pântanos.
Ocorrência: toda América Tropical
Hábitos: se locomove sobre a vegetação aquática flutuante. É visto aos pares e, quando assustado, normalmente corre sobre as plantas aquáticas, onde facilmente se esconde. Voa pouco. Se for obrigada a voar, levanta as asas e pesada e ruidosamente voa para outra área.
Alimentação: insetos, moluscos, pequenos peixes e sementes
Reprodução: choca 04 ovos cor de barro com numerosas linhas pretas que se entrelaçam. Não constrói ninho, nem mesmo uma simples cama. A postura é feita a céu aberto sobre plantas aquáticas, quase em contato com a água. Existe forte defesa territorial. Apenas o macho choca e zela pelos filhotes. Para protegerem o ninho, fingem estar com uma perna quebrada debatendo-se como se não pudessem voar.
Ameaças: caça, poluição e destruição do habitat.

SOCOZINHO (Butorides striatus)



Características: mede 36 cm de comprimento. Plumagem de cor cinzento-clara na barriga e cinzento-azul na parte superior. A cabeça é negra e possui plumas alongadas na nuca. As asas têm lustro metálico com orlas amareladas nas coberturas exteriores. A garganta e o pescoço são brancos, este com manchas pretas.
Habitat: manguezais, lagoas, brejos e outras áreas alagadas.
Ocorrência: da Argentina à Venezuela, no Brasil em todo o território.
Hábitat: vive solitário ou aos casais com outras espécies dos banhados ou pantanais e mangues. São bons voadores e durante o vôo sempre encolhem o longo pescoço, mantendo as pernas esticadas para trás. Ao decolar ou pousar emitem seu som característico.
Alimentação: peixes, insetos, crustáceos, moluscos e pequenos sapos. Para tanto, fica imóvel bem perto da água e, ao avistar a presa, estica o pescoço e a captura.
Reprodução: o ninho solitário ou em pequenas colônias é construído pelo casal a base de gravetos, sobre arbusto ou árvore a uma altura de 1 a 3 m da água. A postura consiste em 3 a 4 ovos de coloração verde-clara, medindo 39 x 29 mm em seus eixos. Ambos incubam e cuidam da prole. Os filhotes são nidícolas, nascem nus e após 6 semanas deixam o ninho.
Ameaças: destruição do habitat, caça e poluição.


SOCÓ BOI (Tigrisoma lineatum)



Características: espécie de grande porte, chega a medir 95 centímetros. Dorso cinzento, pescoço e cabeça ferrugínea. Bico longo e forte.
Habitat: áreas úmidas, como brejos, várzeas, lagoas e regiões florestais.
Ocorrência: em todo o Brasil.
Hábitos: são solitários. Emitem sons comparáveis com o bramido de um boi, daí seu nome vulgar.Preferem movimentar-se à noite, passando o dia mais retraídos e escondidos entre as folhagens
Alimentação: peixes, insetos, crustáceos, moluscos, pequenos anfíbios e répteis
Reprodução: constrói ninhos no alto das árvores
Ameaças: espécie em extinção devido à destruição do habitat, caça, tráfico de animais silvestres e poluição.

TUCANO-DE-BICO-AMARELO (Ramphastos toco)

     
Características: também conhecido como tucano-toco é a maior espécie de tucano. É grande, robusto, asas curtas e arredondadas. Plumagem é completamente negra, com a garganta, bochechas e penas superiores da cauda brancas, crisso vermelho e uropígio branco. Atinge até 66 cm de comprimento com o bico. Seu enorme bico, com 19 cm de comprimento, de cores brilhantes.O bico é a mais notável característica dos tucanos, útil para apanhar frutos em locais difíceis, descascá-los, intimidar outros animais, perfurar madeira, sondar a lama e impressionar as fêmeas. O bico também é utilizado para jogar frutos um nos outros, durante o ritual de acasalamento. Pesa em torno de 540 g. Não possui dimorfismo sexual. Podem viver até 15 anos.
Habitat: Pantanal, cerrado e Amazônia nas bordas de matas e florestas de terra firme de quase todo o Brasil.
Ocorrência: desde as Guianas, passando pelo Brasil, indo até a Bolívia, Paraguai e Argentina. No Brasil ocorre na região Amazônica, litoral do Amapá, região Central do país e região Sul.
Hábitos: vive em casais, formando bandos de vários indivíduos. É um importante dispersor de sementes das árvores da floresta, pois engole os frutos, digere a parte comestível e depois expele o caroço à alguma distância da árvore mãe. É bom voador e muito bom saltador. Seu vôo é lento. É também planador.
Alimentação: onívoro, alimenta-se de insetos, lagartos, ovos, filhotes de outros pássaros e, principalmente, frutas. Seu hábito alimentar é diurno. Predador voraz de ovos de outras espécies.
Reprodução: ocorre no final da primavera. O ninho é instalado em um oco de árvore, aproveitando buracos já existentes, a uma altura de até 20 m, normalmente entre 6 a 7 m do solo. A fêmea bota de 2 a 4 ovos de coloração branca. Durante o período de reprodução, o casal alimenta-se mutuamente trazendo comida e regurgitando. O casal se reveza na tarefa de chocar os ovos, os quais eclodem entre 16 e 20 dias.
Ameaças: ainda não é uma espécie ameaçada de extinção, entretanto tem sido capturado e traficado para outros países a fim de ser vendido em lojas de animais. Além da caça e do tráfico de animais, outra ameaça é a destruição do habitat.


GARÇA BRANCA PEQUENA (Egretta thula)


 

Características: garça de pequeno porte medindo em torno de 56 cm de comprimento. Plumagem totalmente branca, com bico e pernas pretas e pés amarelos. O bico apresenta base amarela. Possui penas alongadas na nuca.

Habitat: beira de lagos, rios e banhados



Ocorrência: em todo o continente americano


Alimentação: insetos, larvas, vermes, moluscos, crustáceos e peixes.

GARÇA BRANCA GRANDE (Casmerodius albus)



Características: garça de grande porte, medindo 88 cm de comprimento. Plumagem totalmente branca, com bico amarelo e pernas pretas.
Habitat: beira dos lagos, rios e banhados
Ocorrência: em terrenos úmidos com águas pouco profundas, margens de rios e lagos, lagoas costeiras ou mesmo em zonas alagadas, arrozais e lameiros
Alimentação: peixe, rãs, insetos, crustáceos, insetos, capturados comumente dentro d'água; para tal, mantém-se quase imóvel à espera da presa. Engolem às vezes cobras e preás.
Reprodução: sobre árvores ou no solo, sobre juncos e arbustos, geralmente em colônias mistas com outras garças. É o macho que fornece os materiais de construção do ninho à fêmea, que o fabrica com juncos e raminhos. A postura de 3 a 5 ovos azuis esverdeados são incubados por ambos os progenitores.

TUIUIÚ OU JABURU (Jabiru mycteria)


 Características: também conhecido com tuiuiú, atinge 1,15 m de altura, bico com 30 cm, asas 62 cm e cauda com 20 cm. É uma das maiores aves da América do Sul e símbolo do Pantanal. Além do seu tamanho, chama a atenção o seu enorme ninho feito de galhos de arbustos secos, construído em árvores como o "manduvi", a "piúva" ou em troncos de árvores mortas. O jaburu é uma ave de corpo robusto, bico grosso e afilado na ponta, pescoço é preto e a parte do papo, dotada de notável elasticidade, é vermelha. A cor predominante das penas no indivíduo adulto é branca.
Habitat: pântanos, lagoas e rios
Ocorrência: do sul do México até a Argentina, mas não é encontrado na parte ocidental dos Andes.
 Hábitos: vive em bandos numerosos. Tem grande capacidade de vôo, elevando-se a grandes altitudes. Quando descansa, na margem do rio ou lagoa, costuma ficar em uma só perna. Seu andar é deselegante e vagoroso.
Alimentação: peixes, moluscos e anfíbios.
Reprodução: o ninho é feito com ramos entrelaçados no alto das árvores. Na época da incubação, enquanto um choca dois ovos, o outro fica de pé sobre a beirada do ninho em constante vigília.
Ameaças: poluição e destruição do habitat.

ARARA AZUL (Anodorhynchus hyacinthinus)

Características: também conhecida como araraúna é o maior de psitacídeo do mundo, medindo 93 cm de comprimento, penas centrais da cauda com 55 cm, 1,5 kg de peso. A plumagem é predominantemente azul cobalto, mais escura nas asas, o bico é cinza escuro, muito grande, aparentando ser maior que o próprio crânio. Não há distinção entre machos e fêmeas. Os machos normalmente são mais robustos, principalmente no bico, com a cabeça mais quadrada. A cauda também é maior. Podem atingir de 30 a 40 anos de idade.
Habitat: buritizais, pantanal, matas ciliares e cerrados adjacentes.
Ocorrência: no Brasil nos estados do Mato Grosso, Goiás, Minas Gerais, Bahia, Sul do Piauí e do Maranhão e no Pará.
Hábitos: espécie é monógama, permanecendo unidos por toda a vida. São animais muito sedentários e gregários, cuja população está relacionada a existência de árvores para nidificação e aos cocos de poucas espécies de palmáceas.. Na natureza, observam-se as araraúnas em famílias, pares ou bandos de até 63 indivíduos. No Pantanal, é comum observar araraúnas próximas às sedes de fazendas; isto ocorre porque as sedes são construídas nas partes mais elevadas e onde se localizam os acuris e as bocaiúvas (palmáceas). Têm o vôo pesado, no entanto são capazes de descrever curvas fechadas.
Alimentação: sementes e frutos.
Reprodução: atingem a maturidade aos 3 anos. Época reprodutiva vai de novembro a janeiro.
Fazem ninhos em árvores e nos buritis. Postura de 01 a 3 ovos e incubação dura de 27 a 29 dias. Os ovos são redondos. Os filhotes nascem medindo 10 a 12 cm e pesando 20 a 27 gramas. Além disso, 20 a 40% dos ovos são predados a cada: ano e 10 a 15% dos filhotes que nascem, são predados ou morrem antes de completar cinco dias de vida. As árvores para a nidificação, no Pantanal, é a ximbuca , o angico-branco e, principalmente, o manduvi .  As araraúnas são fiéis a seus pares e na perda do macho ou da fêmea, seu par fica sozinho, não se compondo novamente com outro indivíduo.
Predadores naturais: os prováveis predadores de seus ovos são: gralha, tucano, carcará, quati, irara e gambá. Os prováveis predadores de filhotes são: gavião-relógio, gavião-pernilongo, gavião-preto e irara.
Ameaças: ameaçada de extinção. Hoje a população é diminuta por causa da destruição dos habitats (desmatamentos e queimadas), do tráfico e do baixo sucesso reprodutivo. O pisoteio do gado dificulta o crescimento e a manutenção da população da bocaiúva, o que dificulta a oferta de alimentos para a araraúna.


quinta-feira, 15 de setembro de 2011

PRINCIPAIS GLÂNDULAS DO SISTEMA ENDÓCRINO

SISTEMA ENDÓCRINO
O sistema endócrino é um sistema complexo de glândulas. Glândulas são órgãos pequenos, mas importantes, cuja função é produzir hormônios. Hormônios são substâncias que ajudam a controlar as atividades do seu corpo. Os hormônios controlam a reprodução, o metabolismo (“queima” dos alimentos e eliminação de resíduos), o crescimento e o desenvolvimento. Os hormônios também controlam a maneira pela qual você responde ao meio ambiente, e ajudam a regular a quantidade exata de energia e nutrientes que o seu corpo precisa para funcionar.


Principais glândulas endócrinas. 1. Glândula Pineal 2. Glândula  Hipófise 3. Glândula Tiróide 4. Glândula Timo 5. Glândula Supra Renal 6. Glândula Pâncreas  7. Glândula sexual feminina: Ovário 8. Glândula sexual masculina: Testículos

 1- A GLÂNDULA PINEAL
Também chamada de corpo pineal ou epífise, é uma glândula cônica e achatada, localizada  no centro do cérebro, sendo conectada com os olhos através de nervos. As pesquisas recentes sobre as funções da glândula pineal e de seu principal produto, o hormônio melatonina, despertaram um grande interesse público nesta última década em função da descoberta do papel da melatonina na regulação do sono e do ritmo biológico em humanos.
 2- A GLÂNDULA HIPÓFISE
A hipófise, também chamada de glândula “mestra” do organismo, é um órgão pequeno, tendo no homem o volume de uma pequena noz, pesando por volta de 0,6g. Situa-se no interior da caixa craniana. A hipófise  é algumas vezes chamada de “glândula-mestra”, devido à sua grande influência em outros órgãos do corpo. Sua função é complexa e fundamental para o bem-estar geral do indivíduo.
A hipófise é dividida em 2 partes: a anterior (ou adeno-hipófise) e a posterior (ou neuro-hipófise).
A hipófise anterior produz vários hormônios:
a) Prolactina  – Estimula a produção de leite nas mulheres, após o parto, e pode afetar os níveis de hormônios provenientes dos ovários (em mulheres) e dos testículos (em homens).
b) Hormônio de Crescimento  – Estimula o crescimento nas crianças e é importante para manter uma composição corporal saudável na vida adulta, pois atua na manutenção da massa muscular, da densidade mineral óssea e da distribuição de gordura pelo corpo.
c) Hormônio Adrenocorticotrófico – Estimula a produção de um importante hormônio pelas glândulas supra-renais, o cortisol. Este é considerado um “hormônio do stress”, e ajuda a manter os níveis normais de glicemia e pressão arterial, e por isso é indispensável à sobrevivência.
d) Hormônio Estimulador da Tireóide – Estimula a tireóide a produzir e secretar hormônios tireoidianos, os quais regulam o metabolismo corpóreo, a produção de energia, o crescimento e desenvolvimento e a atividade do sistema nervoso central.
e) Hormônio Luteinizante (LH) – Regula a produção dos hormônios sexuais: testosterona nos homens e estrógenos nas mulheres.
f) Hormônio Folículo-Estimulante (FSH) – Promove a produção de esperma nos homens e estimula os ovários a liberar óvulos nas mulheres. O LH e o FSH agem em conjunto para permitir a função normal das glândulas sexuais: ovários e testículos.
Já a hipófise posterior armazena e secreta 2 hormônios diferentes:
a) Ocitocina – Provoca a ejeção (“descida”) do leite em mulheres que estão amamentando e a contração uterina durante o trabalho de parto.
b) Hormônio Anti-Diurético – Regula o balanço da quantidade de água no corpo. Quando este hormônio não é secretado corretamente, isso pode levar à perda exagerada de água através da urina, o chamado diabetes insipidus. Isso pode levar a problemas renais sérios, e até à falência dos rins (insuficiência renal) se não for instituído o tratamento adequado.
(Não confunda diabetes mellitus com diabetes insipidus. Diabetes mellitus é a elevação dos níveis de açúcar (glicose) no sangue, devido a falhas na produção ou na ação da insulina. Diabetes insipidus é a perda excessiva de água pelos rins, devido a problemas com a produção ou com a ação do hormônio anti-diurético (ADH).)
O hipotálamo estimula a glândula hipófise a liberar os hormônios gonadotróficos (FSH e LH), que atuam sobre as gônadas, estimulando a liberação de hormônios gonadais na corrente sanguínea. Na mulher, a glândula-alvo do hormônio gonadotrófico é o ovário; no homem, são os testículos. Os hormônios gonadais são detectados pela hipófise e pelo hipotálamo, inibindo a liberação de mais hormônios.

 3-A GLÂNDULA TIREÓIDE
A tireóide é uma glândula pequena que fica localizada na região anterior do pescoço, em frente à passagem do ar (traqueia) e abaixo do pomo-de-Adão. Os hormônios da tireóide controlam o seu metabolismo, que é a capacidade do corpo quebrar os nutrientes provenientes dos alimentos para armazená-los na forma de gordura, e também a capacidade de “queimar” esses nutrientes para produzir energia.
A tireóide produz 2 hormônios, o T3 (ou tri-iodotironina) e o T4 (ou tiroxina). As doenças da tireóide resultam do excesso ou da falta desses hormônios.
Os sintomas do hipotireoidismo (falta de hormônios tireoidianos) incluem: falta de energia, batimentos cardíacos muito lentos, pele seca, intestino preso, e sensação de frio o tempo todo. Em crianças, o hipotireoidismo comumente leva à diminuição do crescimento. Bebês nascidos com hipotireoidismo podem apresentar atraso do desenvolvimento e retardo mental se não tratados adequadamente. Em adultos, o hipotireoidismo freqüentemente provoca um ganho discreto de peso. Um aumento da tireóide, ou bócio, pode ocorrer.
O hipertireoidismo (hormônio tireoidiano em excesso) pode resultar em bócio com aumento exagerado dos olhos (exoftalmia), o que é conhecido como Doença de Graves. Os sintomas do hipertireoidismo incluem: ansiedade, batimentos cardíacos muito rápidos (taquicardia), diarréia, perda de peso sem motivo, fome demasiada, suor excessivo, tremores e fraqueza muscular. Um aumento do tamanho da tireóide (bócio) e inchaço atrás dos olhos, que empurra os olhos para a frente, tornando-os maiores e mais saltados, são características comuns desse distúrbio.

 4-A GLÂNDULA TIMO
 Do grego, Thymus, significa energia vital. A glândula timo, que é moldada como uma borboleta, é um órgão especial do sistema imunológico humano. É também uma das mais importantes glândulas do corpo humano. É um órgão de cor cinzento rosado, situado na região superior do tórax, abaixo do esterno. O timo exerce função protetora, com a produção complementar de anticorpos.
A glândula timo é muito ativa quando o indivíduo é uma criança. Ela desempenha um papel crucial no desenvolvimento e na melhoria do sistema de imunidade da criança.
A principal função da glândula timo é a produção de linfócitos ou células T (T de ‘células T’ representa derivada de timo). Os Linfócitos são células brancas do sangue (glóbulos brancos), que também são conhecidas como leucócitos. Após os glóbulos brancos estarem maduros, eles saem do timo e se fixam no baço e um novo lote de células T é produzido. Esses glóbulos brancos são o corpo do sistema de imunológico e protegem o organismo que impedem a invasão de agentes estranhos, bactérias e vírus.
Essas células também asseguram o correto funcionamento do sistema do corpo e cuidam do desgaste dos órgãos. Outra função da glândula timo é para evitar o crescimento anormal de células, que podem levar ao câncer.

 5-AS GLÂNDULAS SUPRA-RENAIS
As glândulas supra-renais, ou adrenais, ficam localizadas acima dos rins. Cada supra-renal é, na verdade, 2 glândulas, visto que é formada por uma porção interna (medula adrenal) e uma porção externa (córtex adrenal). Os hormônios do córtex adrenal são essenciais à manutenção da vida; os hormônios da medula adrenal, não.
O córtex adrenal produz os seguintes hormônios:
a) Cortisol – ajudam no controle dos níveis de glicose no sangue, aumentam a queima de gorduras e proteínas para produção de energia e aumentam na vigência de stress (como, por exemplo, na presença de febre, doenças graves e acidentes com trauma).
b) Aldosterona – controla o volume de sangue e ajuda a regular a pressão arterial, agindo nos rins para estimulá-los a reter sódio e água.
c) Andrógenos adrenais – importantes para algumas características sexuais secundárias, tanto em mulheres como em homens.
A medula adrenal produz adrenalina e noradrenalina, hormônios também secretados pelas terminações nervosas e que aumentam a frequëncia dos batimentos cardíacos, abrem as vias aéreas para melhorar a entrada de oxigênio, e aumentam o fluxo sangüíneo para os músculos, geralmente quando uma pessoa encontra-se em situação ameaçadora, assustada, excitada ou sob stress intenso. Portanto, esses hormônios melhoram a capacidade da pessoa proteger-se, através da fuga ou da luta.
 6- A GLÂNDULA PÂNCREAS
O pâncreas é uma glândula grande, localizada no abdome, atrás do estômago, cuja função é ajudar a manter os níveis normais de açúcar (glicose) no sangue. O pâncreas secreta a insulina, que é um hormônio que controla a passagem da glicose do sangue para o interior das células, onde será usada para a produção de energia. O pâncreas também secreta o glucagon, que aumenta o nível de glicose no sangue quando este se encontra baixo demais. O glucagon faz com que o fígado libere glicose no sangue.
O pâncreas produz dois hormônios importantes na regulação da taxa de glicose (açúcar) no sangue: a insulina e o glucagon.
A insulina facilita a entrada da glicose nas células (onde ela será utilizada para a produção de energia) e o armazenamento no fígado, na forma de glicogênio. Ela retira o excesso de glicose do sangue, mandando-o para dentro das células ou do fígado. Isso ocorre, logo após as refeições, quando a taxa de açúcar sobe no sangue. A falta ou a baixa produção de insulina provoca o diabetes, doença caracterizada pelo excesso de glicose no sangue (hiperglicemia).
Já o glucagon funciona de maneira oposta à insulina. Quando o organismo fica muitas horas sem se alimentar, a taxa de açúcar no sangue cai muito e a pessoa pode ter hipoglicemia, que dá a sensação de fraqueza, tontura, podendo até desmaiar. Quando ocorre a hipoglicemia o pâncreas produz o glucagon, que age no fígado, estimulando-o a “quebrar” o glicogênio em moléculas de glicose. A glicose é, então enviada para o sangue, normalizando a taxa de açúcar.
Além de hormônios, o pâncreas produz também o suco pancreático, que é lançado no intestino delgado e desempenha um papel muito importante no processo digestivo.

7-OVÁRIOS
Os ovários são glândulas localizadas no abdome inferior das mulheres, responsáveis pela produção dos 2 mais importantes hormônios sexuais femininos: o estrógeno e a progesterona. Esses hormônios são responsáveis pelo desenvolvimento e a manutenção dos caracteres sexuais secundários femininos (ou seja, o crescimento das mamas, o aparecimento dos ciclos menstruais, a pilificação de padrão feminino e a distribuição de gordura corporal típica). Também são fundamentais para a reprodução, pois controlam o ciclo menstrual (junto com o LH e o FSH), liberam óvulos ciclicamente (ovulação) e ajudam a criar as condições necessárias para a gestação.

8-TESTÍCULOS
Os homens possuem 2 glândulas reprodutivas gêmeas, chamadas testículos, que produzem o hormônio sexual masculino, a testosterona. A testosterona é responsável pelo aparecimento, na puberdade, das características sexuais secundárias do sexo masculino (aumento de massa muscular, pilificação, barba, engrossamento da voz, crescimento dos órgãos genitais e produção de espermatozóides), e pela sua manutenção na vida adulta. Os testículos também são o local de produção dos espermatozóides, as células reprodutoras masculinas.



terça-feira, 6 de setembro de 2011

VELOCIDADE MÉDIA

VELOCIDADE MÉDIA: é a relação entre os espaço percorrido (ΔS) e o tempo transcorrido (ΔT).

OS 5 SENTIDOS

SISTEMA SENSORIAL (5 SENTIDOS)
Nós, seres humanos, temos cinco sentidos fundamentais, são eles: audição, olfato, paladar, tato e visão. São eles que propiciam o nosso relacionamento com o ambiente. Com esses sentidos o nosso corpo percebe o que está ao nosso redor e isso nos ajuda a sobreviver e integrar com o ambiente em que vivemos. Existem receptores especializados, que são capazes de adquirir diversos estímulos. Os três receptores são: Exteroceptores, Proprioceptores, Interoceptores.

OLFATO

Pelo olfato – identificamos os cheiros ou os odores.
O sentido de olfato é produzido pela estimulação do epitélio olfativo, localizado no teto das cavidades nasais. O olfato humano é pouco desenvolvido em relação ao de outros mamíferos. O epitélio olfativo humano contém cerca de 20 milhões de células sensoriais, cada qual com seis pêlos sensoriais; um cachorro, tem mais de 100 milhões de células sensoriais, cada uma com pelo menos 100 pêlos sensoriais.
O epitélio olfativo é tão sensível que poucas moléculas são suficientes para estimulá-lo, produzindo a sensação de odor.


PALADAR
Pelo paladar – sentimos os sabores.
Os receptores de paladar estão localizados na língua, agrupados em pequenas saliências chamadas papilas gustativas (cerca de 10.000), visíveis com lente de aumento. Existem quatro tipos de receptores gustativos, capazes de reconhecer os quatro sabores básicos: doce, azedo, salgado e amargo. Esses receptores estão localizados em diferentes regiões da língua. No desenho abaixo, os receptores estão representados pela cor amarela.
O sabor dos alimentos não é produzido apenas pela estimulação das células gustativas, mas também pelas células olfativas. É por isso que quando o sentido do olfato é prejudicado por um forte resfriado, por exemplo, a percepção do paladar diminui.


AUDIÇÃO
Pela audição – captamos e ouvimos sons.
As estruturas responsáveis pela audição são o ouvido externo, o ouvido médio e a cóclea. Os canais semicirculares, o sáculo e o utrículo são responsáveis pelo equilíbrio.
O ouvido externo é um canal que se abre para um meio exterior na orelha, que é uma projeção da pele de tecido cartilaginoso. O epitélio que reveste o canal auditivo externo é rico em células secretadoras de cera, que retém partículas de poeira e microorganismos. O ouvido médio, separado do ouvido externo pelo tímpano, é um canal estreito e cheio de ar. Em seu interior, existem três pequenos ossos (martelo, bigorna e estribo), alinhados do tímpano ao ouvido interno.
O ouvido médio possui uma comunicação com a garganta através de um canal flexível (a Trompa de Eustáquio), que equilibra as pressões do ouvido e do meio externo. A cóclea é a parte do ouvido interno responsável pela audição. É um longo tubo cônico, enrolado como a concha de um caracol. No interior da cóclea há uma estrutura complexa (órgão de Corti), responsável pela captação dos estímulos produzidos pelas ondas sonoras, localizada na parede externa da cóclea (membrana basiliar).
Como ouvimos os sons
A orelha capta os sons e os direciona para o canal auditivo, que faz vibrar e é transmitida ao tímpano. A membrana timpânica vibra, movendo o osso martelo, que faz vibrar o osso bigorna que, por sua vez, faz vibrar o osso estribo, onde sua base se conecta a uma região da membrana da cóclea (a janela oval), que faz vibrar, comunicando a vibração ao líquido coclear. O movimento desse líquido faz vibrar a membrana basiliar e as células sensoriais. Os pêlos dessas células, ao encostar na membrana tectórica, geram impulsos nervosos que são transmitidos pelo nervo auditivo ao centro de audição do córtex cerebral.


TATO
Pelo tato – pegamos algo, sentimos os objetos, sentimos o calor ou frio.
A pele é nosso maior órgão sensorial. Ela recebe, a todo instante, diversos tipos de estímulos que são enviados ao encéfalo. Há uma grande área do córtex cerebral responsável pela coordenação das funções sensoriais da pele, em particular das mãos e dos lábios. Muitos dos receptores sensoriais da pele são terminações nervosas livres. Algumas delas detectam dor, outras detectam frio e outras, calor.


Principais receptores sensoriais
• Corpúsculo de Meissner - Tato (presentes nas regiões mais sensíveis da pele)
• Corpúsculo de Pacini - Pressão forte
• Corpúsculo de Krause - Frio
• Corpúsculo de Ruffini - Calor
• Terminações nervosas livres - Dor


VISÃO
Pela visão – vemos as pessoas, observamos contornos, as formas, cores e muitos outros.
Os olhos são bolsas membranosas cheias de líquido, embutidas em cavidades ósseas do crânio, as órbitas oculares. À eles estão associadas estruturas acessórias: pálpebras, supercílios (sobrancelhas), conjuntiva, músculos e aparelho lacrimal.
Cada olho gira suavemente dentro de sua órbita. Essa movimentação é controlada por três pares de músculos, que mantém preso o globo ocular. O movimento do olho é limitado pelo nervo óptico, um feixe de fibras nervosas que parte do interior do globo ocular em direção ao encéfalo, passando por uma abertura óssea do fundo da órbita ocular.
O bom funcionamento do olho é garantido pela contínua secreção do líquido lacrimal pela glândula lacrimal, juntamente com os canalículos lacrimais, o saco lacrimal e o ducto nasolacrimal, que fazem parte do aparelho lacrimal.
As lágrimas produzidas pelas glândulas lacrimais espalham-se através dos ductos, sobre a superfície conjuntiva da córnea. Através dos pontos lacrimais, a lágrima penetra nos canalículos lacrimais que a transportam ao saco lacrimal e daí para o canal nasolacrimal.

Túnicas ou membranas do olho
O globo ocular compõe-se de três túnicas:
1. Uma túnica fibrosa externa, esclera (posteriormente), de cor branca, constituída por um tecido conjuntivo resistente que mantém a forma do globo ocular e de córnea (anteriormente), camada que permite a passagem de luz.
2. Uma túnica intermédia vascular pigmentada, compreendendo a coróide (onde localiza-se os vasos sanguíneos que nutrem e oxigenam as células do olho), o corpo ciliar e a íris (disco colorido do olho - no centro da íris há um orifício de tamanho regulável - a pupila - que ajusta seu tamanho de modo a regular a quantidade de luz que entra no olho).
3. Uma túnica interna nervosa, a retina (responsável pela visão das cores), e bastonetes (responsável pela visão do branco e preto). A retina do olho humano contém cerca de 6 milhões de cones e 125 milhões de bastonetes.
Meios transparentes do olho
• Córnea: porção transparente da túnica externa - é circular no seu contorno e de espessura uniforme em toda a extensão.
• Humor aquoso: preenche as câmaras anterior e posterior do olho - compõe-se principalmente de água.
• Cristalino: lente biconvexa coberta por uma membrana transparente.
• Corpo vítreo: preenche a concavidade da porção óptica da retina - é semigelatinoso e escavado anteriormente para alojar o cristalino.

Trajeto dos raios luminosos
Os raios luminosos atravessam as córneas e o humor aquoso; passam pela pupila, atravessam o cristalino e o corpo vítreo; chegam à retina, onde estimulamos cones e bastonetes. Nesse ponto, a energia luminosa é transformada em impulsos nervosos, por meio de um mecanismo químico. Esses impulsos nervosos, por sua vez, penetram nos neurônios da retina, que os conduzem, através do nervo óptico, aos centros de visão do cérebro.

Mecanismo de acomodação do cristalino
Devido à sua elasticidade, o cristalino pode modificar sua forma para fazer com que os raios luminosos, provenientes de objetos próximos ou distantes, incidam na retina.
Defeitos da Visão
A miopia e a hipermetropia são causadas por uma falta de simetria na forma de globo ocular.


 • O daltonismo, ou cegueira para cores, é atribuído a um defeito congênito da retina e de outras partes nervosas do trato ótico.
Segue abaixo um teste simples, que atesta se o indivíduo é ou não daltônico.
Caso o indivíduo não consiga distinguir o número  que consta no interior deste círculo, certamente é porque não consegue distinguir a cor verde e a vermelha, enxergando um círculo, em sua totalidade marrom.

* O astigmatismo resulta da deformação da córnea ou da alteração da curvatura da lente ocular, o que provoca uma visão distorcida.
* A presbiopia deve-se à perda da elasticidade dos tecidos oculares com a idade.